quinta-feira, 3 de janeiro de 2008





Largas centenas de milhões de cristãos em todo o mundo celebram anualmente o Pentecostes, vocábulo cujo sentido muitos deles ignoram. Recorde-se que antes do nascimento do Senhor Jesus Cristo, em Belém de Judá, os Hebreus já comemoravam o magno evento do Pentecostes há pelo menos treze séculos.

De facto, nas Escrituras Sagradas, além de outras festividades religiosas, consta a celebração anual da Páscoa, dos Tabernáculos e das Semanas ou Colheitas. Esta última festa recebeu posteriormente o nome de Pentecostes pelo facto de realizar-se cinquenta dias após a Páscoa israelita. Pentecostes deriva da palavra grega Penteekostos, que significa quinquagésimo.

Durante o Pentecostes, no Antigo Testamento, costumava apresentar-se ao Senhor os primeiros frutos ou primícias das colheitas, os quais eram movidos perante Deus em cerimónia especial (Lv 23:15-25). Quando o povo judeu festejava o Pentecostes, no início da Era Cristã, ocorreu algo importante – aliás vaticinado pelo profeta Joel –, a descida do Espírito Santo sobre a Igreja.

Nessa altura o apóstolo Pedro, ungido pelo Espírito do Senhor, pregou o evangelho verificando-se a conversão de três mil pessoas. Aí estavam as primícias de uma substancial colheita de preciosas almas para Cristo! "A partir dessa data – afirmou Emílio Conde – a palavra 'pentecoste' passou a ter outra significação para o Cristianismo. Passou a ser o símbolo do revestimento da Igreja com poder do Céu. A palavra significa plenitude do Espírito Santo na Igreja; na vida particular: poder para vencer o mal, desejo de santidade, sede de salvação, anseio de servir. Pentecoste quer dizer vida de Deus, vida abundante, tempestade de poder, manifestações sobrenaturais, guerra ao mal, fogo queimando o pecado e verdade fustigando a hipocrisia".

A necessidade primacial da Igreja é viver no espírito do Pentecostes. Multidões de crentes espiritualmente anémicos carecem dessa plenitude divina; pregadores sem unção e poder necessitam de ser cheios do Espírito; comunidades cristãs, outrora florescentes, estão a desaparecer num mundo cada vez mais materialista e indiferente.

A Europa "cristã," que durante séculos enviou legiões de missionários para todos os continentes, encontra-se transformada num imenso campo de missão! Assim, cada vez estamos mais carecidos de um genuíno avivamento espiritual, de modo que o poder divino se manifeste em cada crente. Por isso, como o profeta Habacuc, oramos: "Aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica...".

O Dr. Billy Graham escreveu num dos seus livros: "O nosso mundo carece ser temperado por cristãos que sejam cheios do Espírito, guiados pelo Espírito e revestidos de poder pelo Espírito. O leitor é um cristão assim? Ou precisa que o Espírito Santo toque novamente a sua vida? Está a necessitar de um avivamento na sua própria vida? Pois saiba que Deus-Espírito quer conceder-lhe isso agora mesmo!"

Fernando Martinez

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